É bem provável que te assuste sair da energia do medo. Afinal é aquela que melhor conheces, foi o que te ensinaram a vida toda.
Como sair deste porto seguro que se instalou pelo hábito, se esta é a energia que reconheces e pela qual te permeias?
Foi-te transmitido, com a melhor das intenções, que o controle, a expectativa, a insegurança, a insatisfação, a perfeição, o esforço, muitas vezes a submissão, o querer, o cansaço, a manipulação, a sedução e o poder sobre o outro fariam de ti, alguém capaz de criar uma zona de conforto inabalável.
Como largar tudo aquilo que aprendeste Ser? A palavra de ordem é desconstruir! Requalificar tudo aquilo em que acreditas e que te colocou nesse lugar.
Para isso, precisas aprender a fazer um exercício de reconhecimento do que julgas conhecer. Fazê-lo sem zanga, sem julgamento, sem culpa, até porque não há nada, nem ninguém para culpar ou julgar em todo este processo. Alerto para o facto de não precisares alimentar a zanga por não teres percebido todo o desconforto instalado. Lembra-te que tudo isto é feito de uma forma muito inconsciente. O que sentes dentro, manifesta-se fora, até porque não existe nada “fora”; tudo existe dentro.
Da mente para o coração. A mente, força criadora, é, na maioria do tempo, alimentada pelo Ego e a tua maior sabotadora. É a mente, neste patamar, que instiga e propulsiona o medo. Quando colocas a mente e o coração a trabalhar em uníssono, ela passa a ocupar o lugar onde sempre deveria ter estado, co-criadora da mais bela energia do mundo, a do Amor.
É nesse instante, em que a mente se alia ao coração que o que pensas passa ser igual ao que sentes. Isto requer treino, persistência, disciplina, auto-conhecimento e paciência, isto porque para que um velho hábito perca força é necessário co-criar um outro que seja mais forte. Eliminá-lo, tão, somente, não resulta. Primeiro porque a exclusão leva sempre a uma compensação e depois o Universo não reconhece a energia do não.
Dou-te um exemplo, quando pensas (mesmo sem verbalização): “Eu não quero mais nada na minha vida que me faça adoecer”, o que se manifesta fora é a repetição do que te faz adoecer a todos níveis, emocional, mental, físico e espiritual. O que sentes dentro manifesta-se fora, lembras-te?
O que precisas é co-criar é algo mais forte – “Quero na minha vida o que contribua saudavelmente para mim”. Alimentas assim o que de facto queres. Depois é fazê-lo repetidamente até que essa vontade passe a ser una em todo o teu Ser.
Depois do ponto de viragem peço-te firmeza e sustentabilidade. Investe em ti ao mais alto nível. Aprende, apreende, lembra-te que todas as experiências são sagradas e as que mais impulsionam o teu crescimento são aquelas, que pelo desconforto provocado, te fazem sair do lugar onde estás. Nesse momento estás pronto para recomeçar a viagem alucinante e sublime que vieste fazer.
Amor, compaixão, perseverança, humildade, confiança, fé e vulnerabilidade, são os pilares que irás resgatar e manter no coração. Eles ajudar-te-ão a elevar o teu campo vibracional. Esta é a tua verdadeira energia, a que comanda a tua Essência, sente-a e deixa que ela se expanda.