Conheça as origens do símbolo Hamsa
O símbolo de um olho inserido na palma de uma mão aberta teve inúmeros outros nomes ao longo dos tempos, incluindo o olho de Fátima, a mão de Fátima e a mão de Míriam. Essa forma pode ser feita naturalmente algumas vezes, outras vezes ela pode se formar simetricamente com um segundo polegar substituindo o dedo mindinho.
Hamsa tem sido interpretado de diversas maneiras pelos estudiosos como um amuleto judeu, cristão ou islâmico e como um símbolo de fertilidade pagão. No entanto, mesmo que a forma mágica permaneça envolta em mistério e mesmo que os acadêmicos debatam quase todos os aspectos do seu surgimento, ela é reconhecida hoje em dia como um amuleto cabalístico e como um símbolo importante na arte judaica.
As origens
Como sugerem as referências a Fátima (filha de Maomé) e à Miriam (irmã de Moisés), o amuleto tem significado tanto para os judeus quanto para os muçulmanos. Uma das primeiras aparições mais proeminentes da hamsa é a imagem de uma grande mão aberta que aparece na Puerta Judiciaria (Alaju do Julgamento) de Alhambra, uma fortaleza islâmica do século XIV do sul da Espanha.
A mão de Fátima em Alhambra parece inspirar-se na palavra árabe “khamsa”, que significa “cinco”, um número que de acordo com o contexto luta contra o Olho do Mal. Alhambra, assim como outras imagens da mão espanhola e moura, sugere os cinco pilares do Islã (fé, jejum, peregrinação, oração e impostos) nos cinco dedos da mão.
De acordo com o folclore islâmico, a mão de Fátima tornou-se um símbolo de fé depois que, certo dia, seu marido Ali voltou para casa com uma nova esposa. Fátima, que na época estava cozinhando, largou a concha de sopa que estava usando. No entanto, ela estava tão preocupada com a chegada daquela mulher que continuou mexendo a sopa com a mão, sem notar que estava se queimando.
A forma da mão aberta aparece em cavernas paleolíticas na França, Espanha, Argentina e Austrália, incluindo um local na Argélia que ganhou o nome de A Caverna das Mãos.
Na arte egípcia, o espírito humano (chamado ka) é representado por dois braços que se estendem para cima (formando o formato de uma ferradura), embora com apenas dois dedos em cada mão. O símbolo da deusa lunar fenícia Tanit se assemelha a uma mulher levantando as mãos, as mãos também acabaram parando nas decorações da tumba. Os etruscos pintavam mãos com chifres em seus túmulos, algumas práticas funerárias judaicas mostravam imagens de mãos (sugerindo a bênção sacerdotal) em marcadores de pedra de sepulturas levitas. Todas estas situações podem ser consideradas precursoras do hamsa.
Mesmo que o hamsa seja hoje relacionado à cabala, a Israel e ao judaísmo, talvez sejam as origens misteriosas do símbolo e as superstições em torno dela que atraiam a atenção de celebridades e pessoas comuns.
Embora represente diferentes ideologias, o Hamsá é usado por pessoas que desejam se proteger contra o mau-olhado e energias negativas, por isso, é comum encontrarmos este símbolo em roupas, jóias e até em forma de tatuagens.
Mas, para além de proteger, este amuleto também traz felicidade, fortuna, sorte e até mesmo fertilidade, independentemente das crenças de cada pessoa.